talvez, por entanto, ou quem sabe pra sempre um novo ele.

Um bom tempo depois, estou eu aqui, não só pra falar do amor, e sim mais o que ocorreu nesse tempo.
Pois bem, era eu que achava que "ele" era meu mundo, e não digo mais escrevendo como se fosse pra ele, e sim para mim mesma, eu achava que meu mundo girava em torno dele, que ia ser só ele pra sempre na minha vida. É, a vida é uma caixinha de surpresas.
O tempo passando lentamente e eu conseguia contar o tic tac do relógio, o tic tac que antes não ouvia, pois o tempo não era visto, horas pasavam e meu unico pensamento era nele.
Problemas, mais problemas e mais. Não queria que ele ficasse ali, eu terminaria descontando minha raiva nele, a pessoa no qual eu nunca quis fazer mal. Decidi então deixar o tempo decidir por mim, deixar a vida me levar. Deixar a tal rotina e descobrir mais de mim mesma.
Enquanto a vida me levava descobri novos sorrisos, decidi então apostar na felicidade, viver.
Minha felicidade é constantemente dependente de mim, só de mim.
Pensar nele, falar nele, não pensar como se fizesse parte de mim, aquilo me consumia, de uma certa forma me fazia mal, qualquer passo fazia eu achar que meu mundo iria se destruir, não conseguia me sentir mais segura do que eu sentia por ele, o tic tac me perceguia, a terrivel rotina me assombrava.
Agora essa sou eu, talvez uma nova pessoa, ou talvez só seja assim por enquanto, não sei mais realmente quem eu sou, mudo constantemente, a rotina não me pertence, hoje sou assim, amanhã talvez.
É novamente meu coração acelera, descobri um novo ele, talvez um novo eu que não seja tão eu, pois a vida bagunçou com meu coração tantas vezes que agora existe um murro, mas lá vem você tentar pular o muro, novo ele, talvez novo eu, talvez novo nós.